domingo, 11 de novembro de 2007

De Correspondência a Correspondente (sem dar por isso)

Curioso, encontrei a seguinte entrada, no blog de um tipo que me contactou a propósito de um video que publiquei no Youtube.

Na altura, disse-me que estava a frequentar um curso de Jornalismo no Reino Unido e interessou-se pela história do video, por ser residente nessa zona.
Troquei alguns emails com o indivíduo, sobretudo informações onde ele poderia saber mais sobre o assunto do video.
Um ano depois, descobri que tinha sido nomeado "correspondente"...


"Friday, December 01, 2006

Here's to deadlines

I've managed to prove to myself that anything is possible when you really put your mind to it.
I managed to get all my work done this week for handing in by putting in maximum effort with the last leg of it, having many a sleepless night along the way.

That, AND I managed to go about my usual leisurely business with dance, doing an evening class on Monday, Stanwell Youth Club on Wednesday and Magna the night before!

The task involved me editing the material I had for broadcast news, in other words, my radio piece, from two five-minute interviews to a 3:40min long report - and it sounds flawless!

Now I'm working on trying to make my work pay off, by getting attention from the local papers interested, and maybe getting my piece on King Manoel archived.

On that note, I have my first Portuguese correspondent, Nuno, if ever I need help with my stories - how good is this?

Inside I'm jumping for joy.
Tomorrow morning I am to have a shave before work, as all this coursework has kept me from looking after my facial fuzz!

Peace all"

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sexta-feira, 13 de abril de 2007

A Última Palavra

Sim, é o fim. Ainda faltam 3 dias para o fim do estágio, mas de qualquer modo, trata-se da última edição, a XXI, que encerra a minha participação no jornal, enquanto "estagiário" (que já o era apenas nominalmente), e praticamente encerra a minha aventura jornalística, também. Tudo leva a crer que esta será mesmo a "minha" última contribuição, embora ainda não tenha recebido nenhum feedback por parte dos responsáveis do estágio.
Seja como for, já o disse aqui várias vezes, esta experiência já valeu pela auto-gratificação intelectual e pessoal que me proporcionou, além de que provei a mim próprio que sou capaz de ser muito bom, em algo. O reconhecimento que é válido para mim, pode ser suspeito para os outros, que, maugrado todas as evidências, nunca me posicionaram em verdadeiro estado de igualdade.
Fica a aprendizagem, a qual me permitiu aperfeiçoar a arte da pluma, e a certeza, de que qualquer pessoa que saiba ler e escrever poderia desempenhar esta profissão - mas poucos são dotados de instinto e de talento para ela. X

domingo, 1 de abril de 2007

Mais Uma Baixa

Depois da última edição, na semana antes desta, onde pouco ou nada participei por ter estado incapacitado devido à Lombalgia já mencionada anteriormente, esta semana tive hipótese de contribuir com uma dose cavalar, que acabou mesmo a discutir o destaque da 1ª página.
No entanto, encomendado para duas páginas, a reportagem acabou acotoveladoramente espremida em uma só. Tem o meu nome, mas não o meu beneplácito.
Devido às interferências e reduções que o meu trabalho sofreu, por intervenção de colegas, enquanto eu estava ocupado a fazer trabalho que cabia a um deles, o meu destaque vai para o meu trabalho não-assinado. Apesar de mais discreto, tem no entanto o meu toque pessoal e a garantia de maior independência em relação a alterações expúrias.
Enfim, sempre que há divergências na Redacção e pouco espaço no jornal, o meu pouco peso lá dentro vem ao de cima. No entanto, no fim da semana fui tido como útil - mais uma vez - para desempenhar um serviço que não pertence às minhas funções na Redacção, embora seja admissível dentro do estágio e do bom relacionamento com a Direcção - acabei a fazer duas colectas de facturas, mas como profissional irrepreensível, aproveitei a deslocação para realizar, expontanêamente, mais um trabalho para a próxima edição.
Literalmente, o Jornal não irá ter € para me pagar, embora eu até trabalhasse abaixo do meu valor real... parece mentira, especialmente no dia (mentiras) de hoje, mas...

sábado, 17 de março de 2007

Consagração ao 2º Mês

Acho que já escrevi aqui, anteriormente, que se o estágio acabar sem futura continuação no Jornal, para mim, de qualquer modo já terá valido a pena. Aliás, se eu morresse amanhã, tinha já cumprido uma das ambições que tinha desde há muito – conhecer e falar com o Prof. José Hermano Saraiva… pode não parecer muito, mas para mim significou bastante. E a entrevista, embora curtíssima (foi a possível), teve boa aceitação da parte da Direcção do Jornal, merecendo-me os seus parabéns… e também as melhoras, pois a parte do “se eu morresse” não está assim tão deslocada da realidade como poderia parecer, pois só estou a escrever isto hoje, porque tive alta do Hospital ontem, onde passei 6 horas desagradáveis com uma das piores dores imagináveis – uma espécie de espasmo lombar, que me impedia de sentar, andar ou dobrar, em qualquer posição.

Apesar de ter sido razoavelmente “bem tratado” lá, o que dizem dos cuidados de saúde em Portugal e dos hospitais em geral, é completamente verdade. Uma vergonha. Lastimosos. Embora não pretenda alongar-me mais sobre este assunto, registe-se apenas que os próprios auxiliares que lá trabalham pensam de igual modo, assim como os bombeiros do INEM que me transportaram, já para não falar de até o médico que me assistiu se ter queixado… realmente só lá fui, porque embora estivesse a cerca de 500 metros de casa, não conseguia lá chegar. Sintomático de ser avesso a ir a hospitais, é na Recepção não terem lá uma ficha com o meu nome… até aquele momento.

Bem, mas voltando ao jornal, acho que esta edição está muito boa, mesmo. No meu caso especialmente, será uma dolorosa, mas memorável edição “colector’s item” , graças à entrevista com o admirável historiador.
Resumindo, já valeu a pena... e apesar da dor ainda não ter desaparecido por completo, penso voltar ao "estágio-barra-emprego" na 2a feira, ainda para mais, o Director disse, sem margem para dúvidas, que "conta comigo"... só falta saber se não foi por temor que eu invoque "acidente de trabalho"...

sexta-feira, 9 de março de 2007

RELATIVIDADE

Depois de uma semana em que muito havia para publicar, e tanto ficou de fora, esta semana voltou a acontecer o "ficou de fora", mas sem a desculpa do "muito para publicar"... opções editorias, mais uma vez. No problem. É para isso que se inventou o blog.
Para a semana, duvido que aconteça o mesmo, já que é chegada a "grande surpresa" que andei a antecipar - por minha iniciativa, irei entrevistar uma das poucas pessoas vivas que admiro: JHS. Don't miss the follow-up...

sexta-feira, 2 de março de 2007

Olhó Ardina Quentinho

Finalmente percebi porque os ardinas anglo-saxónicos gritavam "Extra, Extra!"...
Depois de uma edição em cheio, a semana passada, eis o uma edição cheia, esta semana. Tão cheia, que os meus trabalhos foram estropiados e comprimidos para outros caberem. Tudo bem, são opções editoriais, e o trabalho dos outros tem sempre mais peso, ainda que gordura não seja formusura...
Pergunto-me eu, e as colegas, porque diabo tive que trancrever uma entrevista de quase 5 páginas, quando o autor, que a conhecia melhor que ninguém, ia ter que a reduzir e editar a uma página...
Mais difícil de entender, são outras alterações, completamente arbitrárias e sem nexo. No caso, nem foi um texto, mas uma foto - como as minhas colegas não tinham muito por onde escolher, ofereci-me para trazer de casa uma foto de um castelo, que por acaso tinha visitado há alguns anos, sendo que a foto estava muito boa e perfeitamente apta para publicação. Alguns dias depois, o editor substituiu a foto por outra em que mal se distingue o castelo, à distância, quanto mais identificar o local... mas são opções.
Por último, e para acabar, falharam os distribuidores do Jornal. Daí que, à última da hora, foram recrutados novos distribuidores - o Director deu o exemplo, e a recepcionista mais o estagiário aqui, ficaram com os digitos dedais completamente como carvão, de tanto jornal (3 000) em palete, que entregaram. Foi "mais uma vertente do trabalho no Jornal que você ficou a conhecer", disse o "chefe"... não me parece que seja preciso um estágio para andar a carregar maços de jornais, nem é da minha área; embora o tenha feito por solidariedade, para ajudar, e sem esperar receber alguma contrapartida (como de facto), a não ser, pelo menos, mais reconhecimento, nem que seja no final do estágio. Já ajuda, no entanto, lançarem (brevemente) a edição online, porque assim, muito do que não cabe geralmente na edição em papel, pode acabar na net, e isso já será da minha competência, se não me puxarem o tapete...

sábado, 24 de fevereiro de 2007

O Melhor Número

Numa semana em que contámos com menos um elemento (o editor - férias), e menos um dia (o Carnaval - feriado), a edição desta semana não só ficou pronta mais cedo do que é costume, como, a meu ver, é uma das melhores em conteúdo e interesse - em larga medida, porque eu tive direito a uma maior participação na composição do jornal (não tinham alternativa, éramos só dois na Redacção), pelo que posso reclamar metade da paternidade desta edição.
Sem entraves de ordem editorial, eu avancei com o trabalho que me havia calhado, mais o que a minha colega, sobrecarregada, me foi passando, conquistando com a qualidade do meu trabalho, pela primeira vez, duas páginas completas (separadas) no jornal, fora as "breves" que vão saindo espalhadas pelas demais páginas. Acho mesmo que merecia duas páginas dedicadas a cada história, e não apenas uma para cada; mas já não foi mau, porque o espaço destinado às minhas peças era muito menor, inicialmente.
Parecendo talvez, que exalto de mais o meu contributo, não é caso para modéstias, porque foi realmente uma semana muito trabalhosa, a primeira em que senti que estava a trabalhar sob "pressão" - do tempo, e por contágio da colega que esteve à beira da exaustão, sem receber mais por isso, sem ter nada encaminhado ou facilitado, e que não deixou de trabalhar mesmo depois de saber que a sua avó (que já estava em estado terminal há algum tempo) havia falecido... tem muita fibra, aquela moça.
Conseguimos, pois, poucos mas bons, mostrar que não precisamos de editores mas de mais organização, e que somos capazes de darmos conta do recado, sózinhos. O único problema disto, é não recebermos mais por isso... apenas mais trabalho e responsabilidade. Mas quem "escreve por gosto", só cansa se a sobrecarga de responsabilidades se tornar um (mau) hábito...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Tudo em Corso

O dia começou com música - o que é sempre agradável, para mais eram os ritmos irresistíveis dos "Terra Samba" - estava quase a arrancar um Corso de Carnaval, por sinal, a sair mesmo em frente ao Jornal. Não estava muito mal, os fatos e máscaras estavam bem feitos, também doutra maneira não vale a pena, penso eu de que.

Daí fui entrevistar uma Doutora, por extenso, e bem merece o título, sem dúvida a entrevistada mais "high-profile" que tive oportunidade de conhecer até agora, ainda que não seja propriamente uma "celebridade".

No entanto, o grande achado do dia, foi o que encontrei a caminho da entrevista: uma daquelas ocasiões à lá "Portugal ao seu melhor", que obviamente, registei para gáudio dos letrados.
Para concluir, e na sequencia da entrega da chave no inicio da semana, fui agora autorizado a "sacar" o PC + monitor + rato + teclado, mais propriamente, do Director do Jornal, que por passar menos tempo no Jornal, cedeu-o ás minhas dedilhações. A partir de agora, acabaram-se as desculpas para não trabalhar mais...

Quanto à edição desta semana, parece-me um pouco pálida em relação a anteriores, não no aspecto gráfico, mas de conteúdo e interesse. Nota-se nítidamente a ausência das minhas dedilhações, pois esta semana contribui pouco, dado ter passado mais tempo no exterior a recolher material que vai saír, presumivelmente, na próxima semana; pelo que será uma edição muito mais forte - ficai atentos, ò vós que não cogitais nada, para este monologo!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Lord of the Key

Ontem finalmente fui obsequiado com uma chave! Chegou práticamente um mês depois de eu lá começar, o que foi uma bela prenda de mesiversário, porque agora não mais vou ficar à porta, à espera que alguém chegue e a desferrolhe.

Por outro lado, tive ontem também a mais difícil entrevista até aqui - tinha que ser a um advogado, óbviamente; a ideia até foi minha, mas o sujeito foi tão pretensioso e complicado que foi quase uma bathalha conseguir arrancar-lhe o mínimo que pretendia.
Enfim, já tive tempo suficiente para perceber que nem toda a gente faz uma boa ideia dos jornalistas, ou consegue perceber que estamos só a fazer o nosso trabalho - alguns adoram atenção, outros nem por isso. Ainda assim, penso que a classe dos jornalistas está bem acima da dos advogados (não será acidente que a maioria dos políticos o são)...

Entretanto, consegui uma entrevista com uma ex-vizinha que subiu a altos píncaros na sua carreira, alguém que por acaso vi outro dia na TV a dar uma entrevista, como tantas outras vezes, e dai lembrei-me de a convidar, tendo ela acedido gentilmente. Foi mais uma iniciativa com a chancela "estagiador implacável"... depois, ofereci magnânimamente a entrevista aos colegas do jornal, pois a entrevistanda encontra-se fora da minha zona de passe titular de Transporte Público...

Há no entanto uma outra ideia/entrevista (a tal surpresa) que eu não abdico de realizer; somente, não depende só de mim, pelo que tenho de contemporizar, mas ao mesmo tempo, tenha a sensação (espero que seja só clima) que andam a ver se me passam para trás...
O Director disse claramente que eu iria também fazer a entrevista a uma das figuras mais conhecidas do país (e um dos pouquissimos homens - vivos - que eu admiro), mas ele não aprece desde a semana passada; também disse que eu iria ter um computador e isso ainda não aconteceu... mas não me posso queixar - têm todos - colegas e direcção - reconhecido o meu mérito e o meu trabalho; não só de apoio ao serviço e aos colegas, como também de "produção" - citação directa do Director.
Até o relutante advogado reconheceu que, tendo dado já muitas entrevistas, foi a primeira vez que se deparou com questões tão interessantes como as minhas... foi pena não ter o gravador ligado nesse momento.

Bem, a chave demorou um mês, portanto não será demais esperar mais um pouco pelo resto.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

1º Mesiversário

Em números, 5 edicoes do Jornal em que participei, 27 dias de trabalho efectivo, e um mes depois, desde que comecei o estágio, eis a contabilidade deste primeiro mesiversário (estive para lhe chamar "menstruasário", dado ter passado por várias alterações este mês).
O balanço tem sido feito regularmente, semana a semana, mas apesar de tudo, tem sido claramente positivo - principalmente para um mês que foi o da estreia.
Citando um dos tíulos de um dos posts/postas do mês, "o melhor está ainda por vir"...

Este mês, espero que já esta semana mesmo, este vosso estagiário tenha direito ao seu computador e à sua chave individual, como prometeram... de resto, trabalho não falta, começando amanhã uma série jornalística de monta, que mais uma vez, só por si, já justifica ter iniciado este estágio; ainda que o "aperto" financeiro da direcção do Jornal, não augure um auspicioso encaminhamento futuro...
Mas na vida, como nos jornais, vai-se virando uma página de cada vez...

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Mais um "Furo" (ao lado)

Mais uma edição frustrante, para mim.
Além de o suplemento (que seria dedicado ao Dia dos Namorados e onde os meus artigos* seriam públicados) ter sido cancelado, o único trabalho meu que saiu assinado (com iniciais, já não é mau, não vão se enganar novamente...), foi grosseiramente alterado.
De resto, grande parte das histórias que fazem o jornal foram transcritas (a grande custo, num portátil cujo teclado não escrevia os "g" e os "h", nem funcionava o "backspace") ou adaptadas por mim - incluindo uma sobre um Juiz suspenso, por alegadamente ter escrito "obscenidades" e outras coisas impróprias no seu blog , o que só com manifesta má fé, lhe pode ser imputado. Fui eu que fiz toda a recolha da informação, só não tive direito a escrever a peça, que na minha opinião merecia muito mais tinta e destaque...
Mais uma vez, também, saiu uma incorrecção num nome, ainda para mais no apelido de um entrevistado meu, que é também meu conhecido... desconfio que foi mais uma das alterações "editoriais"...
Por tudo isto, esta semana não mando o jornal para os meus conhecidos, como por costume tenho feito.

*ver um esboço aqui.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nos Bastidores do Jornal

Após terem metido os pés p'las mãos, ao melhor estilo Yoga, o Director apresentou-me pessoalmente as suas desculpas, e explicou que tinham detectado algumas das gralhas ainda a tempo, feito as devidas correcções, mas inexplicavelmente, saiu tudo errado na mesma...
Bem, o que é verdade é que o homem estava furioso com a situação, para mais porque é a terceira edição seguida que sai com erros - as duas anteriores, na própria 1a página...

Para mim, o pior foi mesmo ter descoberto, esta semana ou no fim da que passou, que perdi um almoço gratuito, embora fosse a um sábado, a trabalho, a representar o jornal; porém, além de não me terem avisado com antecedência, ligaram para o meu antigo número, agora desactivado...
Em compensação, prometeram que haveria outras oportunidades de enfardamento gratuito. Em vista das suas barrigas (uma das quais passa fácilmente por gravidez de 6 meses), não duvido.
Por falar em gravidez, uma colaboradora da área comercial do Jornal, está claramente perto da maternidade, e inacreditávelmente, perto de mais de um cinzeiro - porque não só fuma (e não é pouco), como passa muitíssimo tempo entre fumadores e ambientes saturados de fumo - voluntáriamente...

Acho que já aqui disse anteriormente, que as presentes instalações do Jornal são temporárias; não disse ainda, é que temos como vizinho um Tatooador Romeno, de metro e noventa (ou perto disso), especializado em tatuagens satânicas, que pertenceu em tempos ao mais famoso grupo (segundo ele) de Heavy Metal da Roménia. Acho que, se e quando, mudarmos de instalações, vai ser dificil re-habituar-me a trabalhar, sem ouvir o ruido eléctrico da pistola de tatuagem a funcionar... já os gritos dos clientes, dispenso (esta parte estou a inventar, claro). Os gritos, são, na verdade, a minha fonte de inspiração (joke).

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Rigor Mortis

Frustração. Não são "gralhas", mas Condores - tantas e tão grandes, são as incorrecções que desvalorizam o meu trabalho nesta edição...
Acabadinho de ser entregue, abro o jornal para assistir, entre o riso e o um leve desmaio, a alterações que foram feitas aos meus artigos; sobre D. Carlos I, erraram na data e é claro sou eu que fico mal; já na reportagem sobre o yoga, além de não estar exactamente igual ao que eu tinha escrito (embora no geral, isso não tenha impacto), assinam o meu nome de forma errada!!! Isto tudo, e ainda só cheguei à pagina 10... rigor jornalístico, não há dúvida.
Preciso de Yoga.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Na Rota do Jornalismo

Em noite de fecho de mais uma edição do jornal, a 11a (por lapso, a última saiu novamente com o número 9...), antecipo, desde já, algumas das novidades que vão sair neste jornal. Não era bem o que eu tinha em mente, quando disse que este número ia ser consideravelmente influenciado por mim, mas o que aconteceu foi que, acabou por não se verificar, ao que parece, a entrevista sugerida por mim - um dos espinhos da profissão, algo que já me tem acontecido com certa frequência, como tenho escrito. Sendo assim, mantenho o "taboo" para a próxima semana.
Ao fim e ao cabo, eu tenho sempre uma palavra a dizer nos jornais que têm saído desde que lá entrei. Pode ser pequenina, pode ser modificada, pode não vir assinada, mas é minha. Tal como a ideia da entrevista, da qual, parece, vai ser outro a beneficiar da minha "visão" larga... antiguidade é posto, parece.

Resolveram então, esta semana, lançar o jornal com um suplemento sobre vinhos - uma" Rota dos Vinhos na Península de Setúbal"...
Posso afirmar em primeiríssima mão, que eu "peregrinei" essa Rota praticamente toda, sem tocar numa gota, nem ver uma garrafa; foi realmente uma Rota "seca" para mim, que tive de transcrever todas as entrevistas da Rota, ou perto disso, de Azeitão até Pegões, sem sair da Redacção...
Portanto, não é tanto um jornal "inspirado", mas mais um jornal "transpirado"por mim! Mas ainda assim, é trabalho meu também; tal como a reportagem do yoga, e algumas das pequenas notas que vêm normalmente espalhadas pelo jornal - é tudo minha contribuição; tal como, ainda, as "ideias" criativas que eu lanço, e que eles, 99% das vezes, "apanham" antes de caírem no chão - como a que sugeri hoje, a propósito da efeméride que assinala os 99 anos do "regicídio", e que eu havia já escrevinhado noutro apontamento. "Às vezes o Nuno tem umas boas ideias", atirou o invejoso...

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O Melhor Está Ainda por Vir

Depois do grande triunfo na semana passada (muito graças à minha reportagem esforçada), esta semana, se a edição do jornal não vai nua do meu trabalho, vai pelo menos travestida; isto porque a minha "grande" reportagem não passou ao papel ainda, por o autor - ou seja, eu - ter estado a transcrever entrevistas dos outros... além de ter sido desviado para outras “estórias”, que por capricho dos envolvidos, não se chegaram a realizar. Já para não falar das dificuldades de meios, porque, como referi anteriormente, não chegam os computadores para todos, nem outro material necessário à execução do mesmo...

A reportagem do Yoga terá mesmo de ficar para a semana - mas vai valer a pena (se me deixarem escreve-la como eu quero)...
A próxima edição vai ser mesmo muito influenciada por mim, mas isso fica para daqui a 8 dias...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Estagiador Implacável

Esta semana - corrijo: amanhã, já vou ter mais 3 reportagens debaixo da cintura. Amanhã, porque 2 dos alvos não se deixaram apanhar hoje; pelo que 1 está agendado para amanhã, e o outro também, mas ainda não o sabe.

Uma das reportagens vale bem a pena (para compensar as de "pólvora seca" que me saem) - vou entrevistar uma Mestre de Yoga (se não for esse o termo, amanha já devo ter a o nome correcto), e irei tentar aprender qualquer coisa mais útil, do que caber dentro de uma máquina de lavar roupa, sem centrifugar.

De destaque ainda, a iniciativa inédita do editor do Jornal, em me atribuir a composição de um anúncio - estreia absoluta - ainda que este se trate de um anúncio em forma de passatempo... não sei se terá sido por achar que eu tenho jeito para a coisa, ou para me testar; mas sai-me bem, e ele também achou.
A creatividade sempre foi o meu forte.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Aclamação

Cumprida uma semana-e-um-dia de estágio efectivo, 30-e-tal horas de prática jornalística, 3 mini-reportagens, + 1 assim-assim, 2 edições do jornal, além de incontáveis dedilhações e outras lides rudimentares indispensáveis ao normal funcionamento da empresa, é hora de fazer um balanço provisório…

Embora esse papel coubesse mais ao balanceador do que ao balanceado, acho que falo pelo patrão, quando digo que o estágio acabou aqui; efectivamente, o estagiário deu lugar ao repórter, ao jornalista, ao colaborador de quase pleno direito.

O estatuto de estagiário mantém-se, assim como a remuneração e a posição no fundo da escala evolutiva profissional; mas tudo o resto me coloca ao nível dos outros, dentro da redacção. A prova disto mesmo, está no esquecimento, por todos - responsáveis do jornal pelo estágio, e eu próprio - esquecimento geral, portanto, em enviar o fax comprovativo da folha de assiduidade desta semana, para o IEFP... mas isto é um jornal - não se compadece com horários nem com rotinas burguesas... (resta ver, se, e quando, vou receber...)

Hoje, com a distribuição do jornal, recém-impresso de madrugada, chegaram os primeiros elogios e o reconhecimento, pela minha reportagem! E com isto, vem também mais crédito, espero, para melhores trabalhos; porque mais trabalho, já eu tenho…preciso, já agora, é da minha própria secretária, do meu próprio PC, material de escritório, etc.

Porém, este é um pequeno semanário, ainda que de muita qualidade e em crescimento acelerado, nestes quase 2 meses de actividade. Toda a gente dá o litro, levanta o kilo, e sacode o metro.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Tempus Fugit, Carpe Diem

Parece que a gestão do tempo vai ser sempre um problema aqui. Dai provém uma sobrecarga de trabalho para todos, naturalmente, e para o estagiário, ultimamente…

Eu não me importo de fazer o trabalho que os outros não podem, ou mais amiúde, não querem fazer, porque até gosto de estar sentadinho, a dedilhar infernalmente no teclado, em vez de andar em deslocações parvas, que implicam cumprir horários e um monte de outras coisas mais stressantes e trabalhosas. O único problema dedilhatório, são mesmo os conteúdos que tenho que dedilhar – maioritariamente intragáveis, mal concebidos - e frequentemente - atribuídos à última da hora - quer isto dizer: quando o estagiário está em fim de turno, ou atolado em trabalho.

Felizmente, é nestas alturas que o estagiário lembra que há trabalhos piores... e a aparente facilidade com que me tenho saído de todas as situações, é surpreendente até para mim! Acho mesmo, que poucas vezes fui tão eficiente! Tanto que chega a ser assustador, porque, por um lado, não é costume (porque estou fora do meu meio), e por outro, ao me revelar m-a-i-s competente que outros que lá estão, isso pode, paradoxalmente, motivar resistências de terceiros, indesejadas e até nefastas... felizmente, é nestas alturas que o estagiário lembra, que já sobreviveu a coisas piores...

Ps - Como vingança, esta noite vou trabalhar para mim - tenho uma reportagem a realizar, com fotos e tudo, sobre um curso de português para estrangeiros; o único "catch", é que não vou receber nada (mais) por isso... a não ser a minha própria satisfação.


18.01
O dia hoje foi mais calmo, apesar de ser dia de fecho de
edição.
Entreguei a reportagem que idealizei e realizei por minha iniciativa ontem à noite, usando apenas os meus próprios meios, no meu tempo livre. Não houve muitos elogios, como era de esperar, mas caiu bem. A eles, ao jornal e ao estagiário, porque é diferente "conceber e trazer ao mundo" um projecto totalmente controlado por mim, em vez de ter de "adoptar" o trabalho enjeitado dos outros...!


Pensando bem, não controlo "totalmente" o projecto - assim que ele foi entregue na redacção, perdi praticamente a paternidade do meu primogénito!
Tenho que esperar pela edição de amanha para saber se sou o pai ou o padrasto. Só espero que não saia nem bastardo, nem aborto...

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sorte de Paparazzi

O chamado "Furo" jornalístico tem razao de ser, aparentemente; só que para mim, o significado é mesmo de "contas furadas", pois os meus forços têm saido frequentemente furados.
A primeira reportagem foi contestada pelos "visados", embora isso tenha sido responsabilidade dos próprios, por prestarem informações incorrectas; seguidamente, mais três tentativas goradas - todas no mesmo dia: a pequena entrevista a um Bancário, por falta de colaboração e desinteresse dos funcionários; a recolha de ocorrências junto da PSP, por o Comandante se encontrar ausente, na altura; e finalmente, a "grande" reportagem que eu tinha planeado e proposto sobre uma Acção de Formação para Estrangeiros, prevista começar naquele dia, mas que não começou, devido a doença súbita do formador...
É óbvio que estas são situações fortuitas e facilmente reversíveis (exepto talvez a última, no caso de se tratar de doença terminal), nada que um pouco de persistência não resolva.
Para mais, estas incidências são até úteis na aprendizagem.
A propósito, a minha colega de redação, disse algo como - "Sorte de Jornalista principiante". Curioso. Sempre pensei que "sorte de principiante" queria mesmo dizer "sorte". Pelo visto é só ao jogo.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

O Primeiro Dia

O 1º dia começou com uma espera inútil de 20 minutos, à porta do jornal.
Primeira lição - Einstein estava certo, e a sua teoria da relatividade também, ainda que alguém prove o contrário. A dimensão temporal no jornal, é relativa à vontade do Director.Passado esse contratempo e ajustados os ponteiros entre o director e o estagiário, era tempo de calçar a manga-de-alpaca e desenvolver as primeiras tarefas.

A saber:

  1. Transcrever o conteúdo de cartas dos leitores
  2. Pesquisar notícias relevantes num jornal nacional de referência;
  3. Fazer a pré-revisão de artigos
  4. Realizar a primeira reportagem
Em relação aos pontos 1 e 2, não à muito a acrescentar; já os pontos seguintes merecem uma atenção especial.
Fazer a revisão dos artigos, é um trabalho grato, porquanto embora a função principal seja encontrar erros e prevenir "gralhas" no texto a imprimir, permite, complementarmente, bons momentos de diversão com algumas das incorrecções encontradas.
Uma das que me apraz fazer referência, foi recolhida na secção desportiva - como não podia deixar de ser - onde o repórter, intencionalmente ou inadvertidamente, citando um dirigente desportivo de um clube de Futebol, escreveu, em vez de "usucapião" termo jurídico medianamente conhecido, escreveu ele "uso campeão" - erro compreensível, dado o contexto desportivo...

Já quanto à 1ª Reportagem, não sendo propriamente virgem nessa actividade, foi a primeira vez profissionalmente - pelo que fiquei um pouco apreensivo, para mais porque, desde o momento em que recebi o "convite", até estar de bloco e bic na mão, em frente ao entrevistado, foram apenas 50 segundos e duas portas ao lado.
Fui conduzido até lá, apresentado, e deixado despernadamente só com o suposto proprietário do Bar onde ocorreu a entrevista, a propósito da recente inauguração do mesmo.
Os primeiros 2 minutos da entrevista foram penosos - o sujeito parecia desconcertado com as perguntas, respondendo "sim", "não sei" e "não", a perguntas simples. Fiquei a pensar se seria de mim; estaria a fazer as perguntas certas, ou seria da outra parte? - e era. Rapidamente me apercebi que o individuo fazia lembrar Ozzie Osbourne, e quando consegui arrancar a este sósia mental do ex-músico Inglês, a história da sua vida, percebi que realmente os dois tinham similaridades.

Tal como o britânico, o entrevistado tinha estado ligado ao mundo da musica e da noite - embora com uma carreira e uma conta bancária menos fulgurante. Ainda assim, segundo ele, durante 20 anos tinha sido DJ e animado Karaokes... o que por ventura lhe queimou o cérebro.

Ora, finda a entrevista, aprovada e publicada no jornal, acontece que, ainda antes de ter o prazer de folhear as paginas e reler o meu próprio trabalho, a primeira pessoa que encontro à porta do jornal, é a "companheira" do dito entrevistado. Eu tinha a encontrada no dia da entrevista, mas não tínhamos trocado muitas palavras, por isso estranhei quando ela se aproximou, mas entendi depressa que vinha ai reclamação...
Parece que ela é que era a proprietária do estabelecimento, não o ex-DJ de miolo mole, como eu tinha sido induzido a pensar, e logicamente, a escrever - afinal, não só ele se identificou como tal, como ela se desinteressou pela entrevista... o que havia eu de pensar?
O pior era que havia para ali outras complicações de família que ela começou a querer contar; aí eu fiz questão de colocar mais lenha na fogueira, e culpar o DJ-barra-karaoqueiro, como de facto; mas ao mesmo tempo, descansei a senhora, prometendo que faríamos uma rectificação na edição seguinte (como veio a acontecer).