sábado, 24 de fevereiro de 2007

O Melhor Número

Numa semana em que contámos com menos um elemento (o editor - férias), e menos um dia (o Carnaval - feriado), a edição desta semana não só ficou pronta mais cedo do que é costume, como, a meu ver, é uma das melhores em conteúdo e interesse - em larga medida, porque eu tive direito a uma maior participação na composição do jornal (não tinham alternativa, éramos só dois na Redacção), pelo que posso reclamar metade da paternidade desta edição.
Sem entraves de ordem editorial, eu avancei com o trabalho que me havia calhado, mais o que a minha colega, sobrecarregada, me foi passando, conquistando com a qualidade do meu trabalho, pela primeira vez, duas páginas completas (separadas) no jornal, fora as "breves" que vão saindo espalhadas pelas demais páginas. Acho mesmo que merecia duas páginas dedicadas a cada história, e não apenas uma para cada; mas já não foi mau, porque o espaço destinado às minhas peças era muito menor, inicialmente.
Parecendo talvez, que exalto de mais o meu contributo, não é caso para modéstias, porque foi realmente uma semana muito trabalhosa, a primeira em que senti que estava a trabalhar sob "pressão" - do tempo, e por contágio da colega que esteve à beira da exaustão, sem receber mais por isso, sem ter nada encaminhado ou facilitado, e que não deixou de trabalhar mesmo depois de saber que a sua avó (que já estava em estado terminal há algum tempo) havia falecido... tem muita fibra, aquela moça.
Conseguimos, pois, poucos mas bons, mostrar que não precisamos de editores mas de mais organização, e que somos capazes de darmos conta do recado, sózinhos. O único problema disto, é não recebermos mais por isso... apenas mais trabalho e responsabilidade. Mas quem "escreve por gosto", só cansa se a sobrecarga de responsabilidades se tornar um (mau) hábito...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Tudo em Corso

O dia começou com música - o que é sempre agradável, para mais eram os ritmos irresistíveis dos "Terra Samba" - estava quase a arrancar um Corso de Carnaval, por sinal, a sair mesmo em frente ao Jornal. Não estava muito mal, os fatos e máscaras estavam bem feitos, também doutra maneira não vale a pena, penso eu de que.

Daí fui entrevistar uma Doutora, por extenso, e bem merece o título, sem dúvida a entrevistada mais "high-profile" que tive oportunidade de conhecer até agora, ainda que não seja propriamente uma "celebridade".

No entanto, o grande achado do dia, foi o que encontrei a caminho da entrevista: uma daquelas ocasiões à lá "Portugal ao seu melhor", que obviamente, registei para gáudio dos letrados.
Para concluir, e na sequencia da entrega da chave no inicio da semana, fui agora autorizado a "sacar" o PC + monitor + rato + teclado, mais propriamente, do Director do Jornal, que por passar menos tempo no Jornal, cedeu-o ás minhas dedilhações. A partir de agora, acabaram-se as desculpas para não trabalhar mais...

Quanto à edição desta semana, parece-me um pouco pálida em relação a anteriores, não no aspecto gráfico, mas de conteúdo e interesse. Nota-se nítidamente a ausência das minhas dedilhações, pois esta semana contribui pouco, dado ter passado mais tempo no exterior a recolher material que vai saír, presumivelmente, na próxima semana; pelo que será uma edição muito mais forte - ficai atentos, ò vós que não cogitais nada, para este monologo!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Lord of the Key

Ontem finalmente fui obsequiado com uma chave! Chegou práticamente um mês depois de eu lá começar, o que foi uma bela prenda de mesiversário, porque agora não mais vou ficar à porta, à espera que alguém chegue e a desferrolhe.

Por outro lado, tive ontem também a mais difícil entrevista até aqui - tinha que ser a um advogado, óbviamente; a ideia até foi minha, mas o sujeito foi tão pretensioso e complicado que foi quase uma bathalha conseguir arrancar-lhe o mínimo que pretendia.
Enfim, já tive tempo suficiente para perceber que nem toda a gente faz uma boa ideia dos jornalistas, ou consegue perceber que estamos só a fazer o nosso trabalho - alguns adoram atenção, outros nem por isso. Ainda assim, penso que a classe dos jornalistas está bem acima da dos advogados (não será acidente que a maioria dos políticos o são)...

Entretanto, consegui uma entrevista com uma ex-vizinha que subiu a altos píncaros na sua carreira, alguém que por acaso vi outro dia na TV a dar uma entrevista, como tantas outras vezes, e dai lembrei-me de a convidar, tendo ela acedido gentilmente. Foi mais uma iniciativa com a chancela "estagiador implacável"... depois, ofereci magnânimamente a entrevista aos colegas do jornal, pois a entrevistanda encontra-se fora da minha zona de passe titular de Transporte Público...

Há no entanto uma outra ideia/entrevista (a tal surpresa) que eu não abdico de realizer; somente, não depende só de mim, pelo que tenho de contemporizar, mas ao mesmo tempo, tenha a sensação (espero que seja só clima) que andam a ver se me passam para trás...
O Director disse claramente que eu iria também fazer a entrevista a uma das figuras mais conhecidas do país (e um dos pouquissimos homens - vivos - que eu admiro), mas ele não aprece desde a semana passada; também disse que eu iria ter um computador e isso ainda não aconteceu... mas não me posso queixar - têm todos - colegas e direcção - reconhecido o meu mérito e o meu trabalho; não só de apoio ao serviço e aos colegas, como também de "produção" - citação directa do Director.
Até o relutante advogado reconheceu que, tendo dado já muitas entrevistas, foi a primeira vez que se deparou com questões tão interessantes como as minhas... foi pena não ter o gravador ligado nesse momento.

Bem, a chave demorou um mês, portanto não será demais esperar mais um pouco pelo resto.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

1º Mesiversário

Em números, 5 edicoes do Jornal em que participei, 27 dias de trabalho efectivo, e um mes depois, desde que comecei o estágio, eis a contabilidade deste primeiro mesiversário (estive para lhe chamar "menstruasário", dado ter passado por várias alterações este mês).
O balanço tem sido feito regularmente, semana a semana, mas apesar de tudo, tem sido claramente positivo - principalmente para um mês que foi o da estreia.
Citando um dos tíulos de um dos posts/postas do mês, "o melhor está ainda por vir"...

Este mês, espero que já esta semana mesmo, este vosso estagiário tenha direito ao seu computador e à sua chave individual, como prometeram... de resto, trabalho não falta, começando amanhã uma série jornalística de monta, que mais uma vez, só por si, já justifica ter iniciado este estágio; ainda que o "aperto" financeiro da direcção do Jornal, não augure um auspicioso encaminhamento futuro...
Mas na vida, como nos jornais, vai-se virando uma página de cada vez...

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Mais um "Furo" (ao lado)

Mais uma edição frustrante, para mim.
Além de o suplemento (que seria dedicado ao Dia dos Namorados e onde os meus artigos* seriam públicados) ter sido cancelado, o único trabalho meu que saiu assinado (com iniciais, já não é mau, não vão se enganar novamente...), foi grosseiramente alterado.
De resto, grande parte das histórias que fazem o jornal foram transcritas (a grande custo, num portátil cujo teclado não escrevia os "g" e os "h", nem funcionava o "backspace") ou adaptadas por mim - incluindo uma sobre um Juiz suspenso, por alegadamente ter escrito "obscenidades" e outras coisas impróprias no seu blog , o que só com manifesta má fé, lhe pode ser imputado. Fui eu que fiz toda a recolha da informação, só não tive direito a escrever a peça, que na minha opinião merecia muito mais tinta e destaque...
Mais uma vez, também, saiu uma incorrecção num nome, ainda para mais no apelido de um entrevistado meu, que é também meu conhecido... desconfio que foi mais uma das alterações "editoriais"...
Por tudo isto, esta semana não mando o jornal para os meus conhecidos, como por costume tenho feito.

*ver um esboço aqui.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Nos Bastidores do Jornal

Após terem metido os pés p'las mãos, ao melhor estilo Yoga, o Director apresentou-me pessoalmente as suas desculpas, e explicou que tinham detectado algumas das gralhas ainda a tempo, feito as devidas correcções, mas inexplicavelmente, saiu tudo errado na mesma...
Bem, o que é verdade é que o homem estava furioso com a situação, para mais porque é a terceira edição seguida que sai com erros - as duas anteriores, na própria 1a página...

Para mim, o pior foi mesmo ter descoberto, esta semana ou no fim da que passou, que perdi um almoço gratuito, embora fosse a um sábado, a trabalho, a representar o jornal; porém, além de não me terem avisado com antecedência, ligaram para o meu antigo número, agora desactivado...
Em compensação, prometeram que haveria outras oportunidades de enfardamento gratuito. Em vista das suas barrigas (uma das quais passa fácilmente por gravidez de 6 meses), não duvido.
Por falar em gravidez, uma colaboradora da área comercial do Jornal, está claramente perto da maternidade, e inacreditávelmente, perto de mais de um cinzeiro - porque não só fuma (e não é pouco), como passa muitíssimo tempo entre fumadores e ambientes saturados de fumo - voluntáriamente...

Acho que já aqui disse anteriormente, que as presentes instalações do Jornal são temporárias; não disse ainda, é que temos como vizinho um Tatooador Romeno, de metro e noventa (ou perto disso), especializado em tatuagens satânicas, que pertenceu em tempos ao mais famoso grupo (segundo ele) de Heavy Metal da Roménia. Acho que, se e quando, mudarmos de instalações, vai ser dificil re-habituar-me a trabalhar, sem ouvir o ruido eléctrico da pistola de tatuagem a funcionar... já os gritos dos clientes, dispenso (esta parte estou a inventar, claro). Os gritos, são, na verdade, a minha fonte de inspiração (joke).

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Rigor Mortis

Frustração. Não são "gralhas", mas Condores - tantas e tão grandes, são as incorrecções que desvalorizam o meu trabalho nesta edição...
Acabadinho de ser entregue, abro o jornal para assistir, entre o riso e o um leve desmaio, a alterações que foram feitas aos meus artigos; sobre D. Carlos I, erraram na data e é claro sou eu que fico mal; já na reportagem sobre o yoga, além de não estar exactamente igual ao que eu tinha escrito (embora no geral, isso não tenha impacto), assinam o meu nome de forma errada!!! Isto tudo, e ainda só cheguei à pagina 10... rigor jornalístico, não há dúvida.
Preciso de Yoga.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Na Rota do Jornalismo

Em noite de fecho de mais uma edição do jornal, a 11a (por lapso, a última saiu novamente com o número 9...), antecipo, desde já, algumas das novidades que vão sair neste jornal. Não era bem o que eu tinha em mente, quando disse que este número ia ser consideravelmente influenciado por mim, mas o que aconteceu foi que, acabou por não se verificar, ao que parece, a entrevista sugerida por mim - um dos espinhos da profissão, algo que já me tem acontecido com certa frequência, como tenho escrito. Sendo assim, mantenho o "taboo" para a próxima semana.
Ao fim e ao cabo, eu tenho sempre uma palavra a dizer nos jornais que têm saído desde que lá entrei. Pode ser pequenina, pode ser modificada, pode não vir assinada, mas é minha. Tal como a ideia da entrevista, da qual, parece, vai ser outro a beneficiar da minha "visão" larga... antiguidade é posto, parece.

Resolveram então, esta semana, lançar o jornal com um suplemento sobre vinhos - uma" Rota dos Vinhos na Península de Setúbal"...
Posso afirmar em primeiríssima mão, que eu "peregrinei" essa Rota praticamente toda, sem tocar numa gota, nem ver uma garrafa; foi realmente uma Rota "seca" para mim, que tive de transcrever todas as entrevistas da Rota, ou perto disso, de Azeitão até Pegões, sem sair da Redacção...
Portanto, não é tanto um jornal "inspirado", mas mais um jornal "transpirado"por mim! Mas ainda assim, é trabalho meu também; tal como a reportagem do yoga, e algumas das pequenas notas que vêm normalmente espalhadas pelo jornal - é tudo minha contribuição; tal como, ainda, as "ideias" criativas que eu lanço, e que eles, 99% das vezes, "apanham" antes de caírem no chão - como a que sugeri hoje, a propósito da efeméride que assinala os 99 anos do "regicídio", e que eu havia já escrevinhado noutro apontamento. "Às vezes o Nuno tem umas boas ideias", atirou o invejoso...