sábado, 17 de março de 2007

Consagração ao 2º Mês

Acho que já escrevi aqui, anteriormente, que se o estágio acabar sem futura continuação no Jornal, para mim, de qualquer modo já terá valido a pena. Aliás, se eu morresse amanhã, tinha já cumprido uma das ambições que tinha desde há muito – conhecer e falar com o Prof. José Hermano Saraiva… pode não parecer muito, mas para mim significou bastante. E a entrevista, embora curtíssima (foi a possível), teve boa aceitação da parte da Direcção do Jornal, merecendo-me os seus parabéns… e também as melhoras, pois a parte do “se eu morresse” não está assim tão deslocada da realidade como poderia parecer, pois só estou a escrever isto hoje, porque tive alta do Hospital ontem, onde passei 6 horas desagradáveis com uma das piores dores imagináveis – uma espécie de espasmo lombar, que me impedia de sentar, andar ou dobrar, em qualquer posição.

Apesar de ter sido razoavelmente “bem tratado” lá, o que dizem dos cuidados de saúde em Portugal e dos hospitais em geral, é completamente verdade. Uma vergonha. Lastimosos. Embora não pretenda alongar-me mais sobre este assunto, registe-se apenas que os próprios auxiliares que lá trabalham pensam de igual modo, assim como os bombeiros do INEM que me transportaram, já para não falar de até o médico que me assistiu se ter queixado… realmente só lá fui, porque embora estivesse a cerca de 500 metros de casa, não conseguia lá chegar. Sintomático de ser avesso a ir a hospitais, é na Recepção não terem lá uma ficha com o meu nome… até aquele momento.

Bem, mas voltando ao jornal, acho que esta edição está muito boa, mesmo. No meu caso especialmente, será uma dolorosa, mas memorável edição “colector’s item” , graças à entrevista com o admirável historiador.
Resumindo, já valeu a pena... e apesar da dor ainda não ter desaparecido por completo, penso voltar ao "estágio-barra-emprego" na 2a feira, ainda para mais, o Director disse, sem margem para dúvidas, que "conta comigo"... só falta saber se não foi por temor que eu invoque "acidente de trabalho"...

sexta-feira, 9 de março de 2007

RELATIVIDADE

Depois de uma semana em que muito havia para publicar, e tanto ficou de fora, esta semana voltou a acontecer o "ficou de fora", mas sem a desculpa do "muito para publicar"... opções editorias, mais uma vez. No problem. É para isso que se inventou o blog.
Para a semana, duvido que aconteça o mesmo, já que é chegada a "grande surpresa" que andei a antecipar - por minha iniciativa, irei entrevistar uma das poucas pessoas vivas que admiro: JHS. Don't miss the follow-up...

sexta-feira, 2 de março de 2007

Olhó Ardina Quentinho

Finalmente percebi porque os ardinas anglo-saxónicos gritavam "Extra, Extra!"...
Depois de uma edição em cheio, a semana passada, eis o uma edição cheia, esta semana. Tão cheia, que os meus trabalhos foram estropiados e comprimidos para outros caberem. Tudo bem, são opções editoriais, e o trabalho dos outros tem sempre mais peso, ainda que gordura não seja formusura...
Pergunto-me eu, e as colegas, porque diabo tive que trancrever uma entrevista de quase 5 páginas, quando o autor, que a conhecia melhor que ninguém, ia ter que a reduzir e editar a uma página...
Mais difícil de entender, são outras alterações, completamente arbitrárias e sem nexo. No caso, nem foi um texto, mas uma foto - como as minhas colegas não tinham muito por onde escolher, ofereci-me para trazer de casa uma foto de um castelo, que por acaso tinha visitado há alguns anos, sendo que a foto estava muito boa e perfeitamente apta para publicação. Alguns dias depois, o editor substituiu a foto por outra em que mal se distingue o castelo, à distância, quanto mais identificar o local... mas são opções.
Por último, e para acabar, falharam os distribuidores do Jornal. Daí que, à última da hora, foram recrutados novos distribuidores - o Director deu o exemplo, e a recepcionista mais o estagiário aqui, ficaram com os digitos dedais completamente como carvão, de tanto jornal (3 000) em palete, que entregaram. Foi "mais uma vertente do trabalho no Jornal que você ficou a conhecer", disse o "chefe"... não me parece que seja preciso um estágio para andar a carregar maços de jornais, nem é da minha área; embora o tenha feito por solidariedade, para ajudar, e sem esperar receber alguma contrapartida (como de facto), a não ser, pelo menos, mais reconhecimento, nem que seja no final do estágio. Já ajuda, no entanto, lançarem (brevemente) a edição online, porque assim, muito do que não cabe geralmente na edição em papel, pode acabar na net, e isso já será da minha competência, se não me puxarem o tapete...