Eu não me importo de fazer o trabalho que os outros não podem, ou mais amiúde, não querem fazer, porque até gosto de estar sentadinho, a dedilhar infernalmente no teclado, em vez de andar em deslocações parvas, que implicam cumprir horários e um monte de outras coisas mais stressantes e trabalhosas. O único problema dedilhatório, são mesmo os conteúdos que tenho que dedilhar – maioritariamente intragáveis, mal concebidos - e frequentemente - atribuídos à última da hora - quer isto dizer: quando o estagiário está em fim de turno, ou atolado em trabalho.
Felizmente, é nestas alturas que o estagiário lembra que há trabalhos piores... e a aparente facilidade com que me tenho saído de todas as situações, é surpreendente até para mim! Acho mesmo, que poucas vezes fui tão eficiente! Tanto que chega a ser assustador, porque, por um lado, não é costume (porque estou fora do meu meio), e por outro, ao me revelar m-a-i-s competente que outros que lá estão, isso pode, paradoxalmente, motivar resistências de terceiros, indesejadas e até nefastas... felizmente, é nestas alturas que o estagiário lembra, que já sobreviveu a coisas piores...
Ps - Como vingança, esta noite vou trabalhar para mim - tenho uma reportagem a realizar, com fotos e tudo, sobre um curso de português para estrangeiros; o único "catch", é que não vou receber nada (mais) por isso... a não ser a minha própria satisfação.
18.01
O dia hoje foi mais calmo, apesar de ser dia de fecho de edição.
Entreguei a reportagem que idealizei e realizei por minha iniciativa ontem à noite, usando apenas os meus próprios meios, no meu tempo livre. Não houve muitos elogios, como era de esperar, mas caiu bem. A eles, ao jornal e ao estagiário, porque é diferente "conceber e trazer ao mundo" um projecto totalmente controlado por mim, em vez de ter de "adoptar" o trabalho enjeitado dos outros...!
Pensando bem, não controlo "totalmente" o projecto - assim que ele foi entregue na redacção, perdi praticamente a paternidade do meu primogénito!
Tenho que esperar pela edição de amanha para saber se sou o pai ou o padrasto. Só espero que não saia nem bastardo, nem aborto...
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